Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
"Um momento vale sempre a pena pela ternura de o podermos recordar..." ..estes olhares permitem-nos as deliciosas viagens pelas recordações!
A tua resistência...
A tua resistência faz de ti vitoriosa,
Lutas pela tua presença,
Manténs-te firme e charmosa
Aguentas todas as intempéries e tens recompensa: o teu lugar!
O teu espaço está conquistado,
Os olhares são passageiros e poucos reparam,
Mas tu estás aí, aguentas firme…
A tua resistência faz-te vitoriosa!
A tua luta será eterna?
Aigam
[Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico]
Paulitada … pumm
Às vezes apetece-me fechar a janela!
Não querer saber de nada nem de ninguém…
Isto e mais isto,
Agora vai ali,
Não te esqueces de corrigir.
Afinal altera-se para como tinhas sugerido…
Às vezes apetece-me fechar a janela!
Não querer saber de nada nem de ninguém…
E depois ignoro!
Faço as coisas isolada numa “cápsula”,
Olho em frente e abstraiu-me das sombras palradoras que me importunam.
Mas não basta fingir a surdez,
Tenho sempre de estar preparada para as surpresas que tenho de “remediar”!
Às vezes apetece-me fechar a janela!
Não querer saber de nada nem de ninguém…
Bater com as portadas e colocar uma trave para obstruir mesmo!
Ou então usar a mesma trave para…
… pumm… paulitada … pumm: Hospital!
… às vezes apetece-me mesmo!
Aigam
[Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico]
Devaneio
Pensei que soubesses onde estavam, mas não!
Insistimos muito, a busca ficara impaciente e et voilà… lá dentro.
Estava penumbra, tivemos de nos ambientar…
Abriu-se uma garrafa,
O calor do vinho e as palavras fizeram-nos deambular por uns tempos.
De repente um rangido!
O nosso silêncio e susto!
Velozmente dois vultos de contornos familiares preenchem o espaço para nos brindar…
A noite vai cessar e os raios solares tomam conta do lugar,
É tempo de partir enigmaticamente e dormir… ou acordar???
A M disse hoje à T: hoje sonhei contigo.
T - A sério, o sonho era sobre o quê?
M – Não me recordo de pormenores mas sei que foi assim: “Pensei que soubesses onde estavam, mas (…)”.
Aigam – Não é preciso saber onde está (refiro-me à chave), para sonhar basta pular!
Aigam
[Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico]
Da minha janela eu vejo…
Ao olhar para esta janela desenha-se na minha mente possíveis ambientes que possam estar a acontecer no interior. Ali existe vida!
Uma janela cuidada, materiais comedidos, arestas suaves, onde tudo é composto em proporção e a sua brancura é aprazível.
Escutem:
- Era uma vez…
- …na primavera, quando abro as portadas, o sol invade o meu quarto e acaricia a colcha de retalhos. Observo os campos verdes, as flores a desabrochar, as aves a construir os ninhos. Nesta altura a luz é clara e existe um perfume no ar.
- … no verão vejo os frutos a pender das árvores, ouço as cantorias e brincadeiras da pequenada até mais tarde. O pôr do sol é pincelado de escarlate e ouro, a aragem é quente e a janela fica entreaberta toda a noite.
- … no outono avisto as folhas secas pelo chão e o fumegar das chaminés, os campos repousam em silêncio, as árvores desprovidas de folhas e a luminosidade é em tons de cinza e pastel.
-... no inverno o vento agita as árvores despidas, nos campos impera a brancura da geada, o orvalho tem brilho de diamante quando o sol incide. Não abro a janela porque faz frio e chuva mas aproveito a frágil e tépida claridade… e é por isso que aqui estamos juntos no quentinho da lareira a ouvir mais uma história de encantar.
Fim.
Em todas as janelas onde há vida, trato e zelo, diferentes são as cores, os cheiros, a temperatura, os ruídos… perdura em todas as janelas uma sucessão harmoniosa de estações… como nas nossas vidas!
O ciclo das coisas faz-nos despertar para o AMANHÃ, crescer sobre o ONTEM e contar histórias HOJE.
Aigam
[Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico]
A janela da Carochinha
À janela
“ - Quem quer casar com a Carochinha, que é formosa e bonitinha?”
(todos os dias era este ritual e nenhum dos candidatos estava à altura).
Os dias foram passando,
A janela era o seu palco!
Airosa e caiada de vermelho ocre atraente
Qualquer ator conseguiria atrair o público… mas não acontecia
O vão passou a envelhecer,
As portadas que teimaram em fechar,
Os vidros que permanecem têm ainda esperança!
O caixilho deteriorado resiste às mutações.
A moldura de pedra maciça persiste e abraça o palco com a máxima rigidez…
Não mais houve teatro,
A Carochinha não voltou e desistiu da cena!
O desejado nunca apareceu
A janela não mais se abriu.
Aigam
[Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico]
Discreta e silenciosa
Discreta e silenciosa,
Verde como a esperança.
Esta abertura encontra-se no limite, da fachada,
Junto ao beirado, bem na tangente
A moldura maciça como limite!
Uma folha aberta… uma fechada,
O enigma acontece!
Metade do interior a ser revelado,
O interior é o exterior,
O exterior é o céu,
O céu é o limite!
Observo o infinito celeste que alberga os sonhos,
Esta janela afirmou-se,
E hoje abraçam-se e concretizam-se sonhos.
Aigam
..também gosto de fotografar janelas..e depois desta e esta...a T. disse-me:
- Eu, pessoalmente, acho muito interessante janelas!..e acho que por detrás de cada janela existem vidas, histórias, fugas, calor, frio..... Acho que seria engraçado captar umas quantas e tentar fazer uma leitura/narração do que cada uma "conta"...
Imagina, um desafio para nós as duas!!
- 12 janelas
- 12 divagações ou uma estória que as abraça todas
..o que dizes?...
Eu digo que sim!!Tanto fiquei a pensar nisto..que hoje enquanto andava pela rua, na hora de almoço a fotografar umas coisas importantes para a T....que comecei logo a trabalhar neste assunto das janelas...Por isso, entretanto...por cada janela minha, uma estória da Aigam.Combinado!!
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.